O parque, que ganhou fama servindo como roteiro do Expresso Turístico, ainda é mistificado pela maior parte da população mogiana, que desconhece suas belezas e exata localização. O acesso ao parque é feito por meio do distrito de Taiaçupeba. Para chegar é preciso pegar a Rodovia Mogi-Bertioga e, em Taiaçupeba, pegar a Rodovia SP 102, até o quilômetro 85.

Distante 40 km do centro de Mogi das Cruzes, encontra-se em processo de recuperação desde a década de 80, já que nos anos 40 e 50 foi bastante danificada com a retirada de árvores para a produção de carvão. Na década de 60, suas terras foram compradas pela fábrica de papel Suzano, que posteriomente investiu em sua recuperação por meio de um plano de manejo. Em 1999, o local passou a ser administrado pelo Instituto Ecofuturo e, em 2003, começou a receber visitantes.

Com 28 quilômetros quadrados de área, em suas terras foram catalogadas 226 espécies de aves, 47 de anfíbios, 35 de mamíferos e oito de peixes. Os estudos e a contagem dos animais são feitos em parceria com instituições de ensino superior, como a Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a Universidade de Mogi das Cruzes.

As atividades destinadas aos visitantes têm foco ambiental. Além das trilhas para caminhada ou trekking, dá para praticar canoagem, andar em uma pista de arvorismo ou pilotar uma mountain bike.

Um dos objetivos é que o parque ajude a desenvolver a comunidade local com atividades sustentáveis. Por isso, os monitores são formados no próprio parque e são moradores do distrito, que conhecem muito bem a região.

Além disso, é feito o cultivo do cambuci e da palmeira juçara (para aproveitamento dos frutos). Os visitantes podem inclusive experimentar pratos que levam esses ingredientes. Mas os principais atrativos são o Rio Itatinga e a Mata Atlântica.

O visitante deve ir preparado, pois tudo é muito rústico. O celular, por exemplo, não pega. Para atender os turistas, há um simpático centro de visitantes, uma casa de fazenda, onde os interessados assistem a um vídeo que conta a história do parque. Lá também se encontra uma estrutura de apoio com guarda-volumes, banheiros e uma cozinha com fogão a lenha, de onde saem receitas caipiras preparadas por moradoras de Taiaçupeba.

O parque funciona de terça a domingo, das 8h30 às 16h30. O preço varia de acordo com as atividades escolhidas. No valor estão inclusos monitores especializados, equipe de apoio, infraestrutura e seguro contra acidentes pessoais e período integral de atividade.

As visitas podem ser agendadas por meio dos telefones 4724-0555 e 4724-0556. Outras informações podem ser obtidas pelo e-mail parquedasneblinas@ecofuturo.org.br. O número mínimo para agendamento de visitas é de seis pessoas.

– See more at: https://sociedadepublica.com.br/author/renatocastrezana/#sthash.96sB5tdb.dpuf